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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dos amigos

Sofro com as dores
dos amigos
a quem não posso valer.
Eles são o meu suporte
a mão que se estende
e me acarinha.
Porque é que são meus amigos?
Não sei.
Nem sequer sei
quando se tornaram
amigos.
Sei, isso sei,
que sem eles,
o meu mundo e os meus sonhos
seriam diferentes.
E eu seria outra,
Mais pobre
e menos gente!

Helena

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Amor

Quantas vezes te perdi,
Quantas vezes te encontrei.
Estúpido coração este
Que não vê, mas sente.
Que acredita, mas sofre.
Que não distingue, afinal,
Que o amor também é saudade
De uma vida banal,
Ou de mera casualidade!

Helena

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Tango

Gosto de tango
E de o dançar,
Especialmente contigo.
Sinto-te em cada nota,
E entrego-me
Com desejo
E sem pejo.
A cada acorde,
São os nosso corpos
Que se fundem,
A respiração que acelera.
A minha perna envolve a tua
Para depois a largar
E voltar a prender.
Suspensos ambos,
De mais um requebro
De um ir e vir
Que afinal nos envolve
Para de dois,
Fazer um.
Que se move
Que se entrega
Que se dá
Ao sabor do tango
Que nos une.

Helena

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Outono

Torra-me o sol,
Não me deixa respirar.
Sol que desnuda corpos,
E martiriza o olhar.
O meu tempo é neblina,
Com árvores a desfolhar.
É um olhar melancólico,
Para o inverno a chegar.
Fortalece-me este tempo,
Que é sem o ser
Outono que deixa o Verão
Para o Inverno chegar.
Céu cinzento rosado,
Uma brisa no mar.
E eu, sempre, a recomeçar!

Helena

quinta-feira, 21 de julho de 2011

100 fiéis!

Cem leitores fiéis,
De prosa poética,
Informal.
Cem amigos atentos
Ao que se passa comigo,
Afinal.
Será que merece
Tanta atenção
O que aqui partilho
De bem e de mal?
Espero que sim.
É para isso que escrevo
E me exponho,
Ser complexo,
Mortal.
Bem hajam todos,
Porque são esteio
Do que produzo,
E o meu apoio
Moral.

Helena

quarta-feira, 15 de junho de 2011

As mágoas

Nunca sei o que valem as mágoas.
Nem sei se têm prazo de validade.
As minhas, essas,
Vou-as deglutindo devagar.
Como que a prolongar
Algo que não quero esquecer,
Embora saiba que tenho de perdoar
Quem mas inflige
No intuito de magoar.
As outras, leva-as o ar
Que respiro,
Ou o vento, forte,
Para o mar!

Helena

terça-feira, 24 de maio de 2011

Minha Mãe

Minha Mãe,
Minha estrada,
Meu esteio,
Minha rota.
Sinto-te
Nesta metade de mim
Que te pertence.
Mas estás, velada,
Na outra.
Que não vindo de ti
Foi parida
No teu ventre.
Vem, minha Mãe
Dá-me a tua mão
E leva-me
De volta
Ao teu regaço!

Helena

quinta-feira, 10 de março de 2011

Metade do que sou

Metade do que sou
É alegria
A outra metade
Melancolia.
Metade do que sou
É esperança
A outra metade
Desconfiança
Metade do que sou
É solidão
A outra metade
Festa
Metade do que sou
É turbilhão
A outra metade
Silêncio.
Quem me dera poder ser
Apenas a metade
Que tu desejas ter!

Helena

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Um poema

"I wish I could remember that first day,
First hour, first moment of your meeting me,
If bright or dim the season, it might be
Summer or Winter for aught I can say;
So unrecorded did it slip away,
So blind was I to see and to foresee,
So dull to mark the budding of my tree
That would not blossom for many a May.
If only I could recollect it, such
A day of days! I let it come and go
As traceless as a thaw of bygone snow;
It seemed to mean so little, meant so much;
If only now I could recall that touch,
First touch of hand in hand—Did one but know!"

Este é um dos poemas que prefiro!

Helena

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pecar

São pecados capitais,
São sete bem normais.
Porque será que é pecado
Tudo o que é demasiado?
Amar demais?
Desejar demais?
Não podem ser pecado.
Pecado é amar pouco
E pouco desejar.
Por mim, prefiro pecar,
Por desejar e amar
Demais!

Helena